Quando se fala em “Política
de Inclusão Escolar” é comum associarmos à ideia da inclusão somente de pessoas com
deficiências no ambiente de educação institucionalizado.
A respeito disso, devemos
fazer algumas observações. O termo “inclusão” deve ser empregado numa concepção
mais abrangente de igualdade de atendimento a todo e qualquer aluno, trata-se
de “ [...] uma ação política, cultural, social e
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem
juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.” (Brasil, 2008).
Embora esteja formalizada na
lei a inclusão dos alunos com altas habilidades/superdotação, algumas pessoas,
ainda movidas do mito de que superdotados são “autoeficientes”, questionam a
necessidade de atendimento especializado desse segmento.
É necessário compreender que
alguns fatores podem ocasionar o “Sub-Rendimento” do aluno nas atividades
acadêmicas, segundo Alencar, 2007.
FATORES INDIVIDUAIS
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FATORES FAMILIARES
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Baixa
auto-estima;
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Depressão;
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Ansiedade;
·
Perfeccionismo;
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Irritabilidade;
·
Não-conformismo;
·
Hostilidade
e comportamento agressivo;
·
Lócus
de controle externo;
·
Impulsividade
e déficit de atenção;
·
Necessidade
de ser aceito pelos colegas.
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·
Baixas
expectativas parentais;
·
Atitudes
inconsistentes dos pais a respeito das realizações dos filhos;
·
Excessiva
pressão dos pais em relação ao desempenho acadêmico;
·
Conflitos
familiares;
·
Clima
familiar em que prevalece menor grau de apoio, segurança e compreensão das
necessidades da criança ou do jovem.
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FATORES DO SISTEMA EDUCACIONAL
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FATORES DA SOCIEDADE
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·
Ambiente
acadêmico pouco estimulante;
·
Métodos
de ensino centrados no professor;
·
Excesso
de exercícios repetitivos;
·
Baixa
expectativa do professor com relação ao desempenho do aluno;
·
Pressão
ao conformismo;
·
Procedimentos
docentes rígidos com padronização do conteúdo, aliado ao pressuposto de que
todos os alunos devem aprender no mesmo ritmo e da mesma forma.
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·
Cultura
anti-intelectualista, que se traduz por uma pressão em relação aos alunos que
se dedicam e se sobressaem na área acadêmica – Os rótulos “nerd” ou “cdf”,
usados, muitas vezes, de maneira pejorativa, constituem-se formas de
discriminar negativamente esses alunos.
·
Maior
valorização da beleza física comparativamente à inteligência, especialmente
no gênero feminino, o que faz com que um largo contingente de alunas com
altas habilidades não expressem ou mesmo neguem suas habilidades superiores.
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Essas são algumas razões
para que os pais, professores e demais responsáveis se empenhem em oferecer
condições para garantir o atendimento das necessidades especiais dos alunos com
altas habilidades/superdotação na escola e na sociedade.
Referências/fontes de
pesquisas:
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