CURSO DO NAAH/S - DISSEMINANDO SABERES SOBRE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO.

Durante toda a semana o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação - NAAH/S-RN divulgou um curso que está sendo oferecido para os professores e educadores em geral que atuam nas escolas estaduais da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte. A divulgação foi realizada via E-mail para as escolas e para as equipes de coordenação dos Serviços da Subcoodenadoria de Educação Especial e também através do Facebook Naahs Potiguar. 

O objetivo do curso, como o próprio título sugere, é  disseminar Saberes sobre Altas Habilidades/Superdotação.

As temáticas discutidas durante o curso correspondem  às estratégias de identificação dos alunos com altas habilidades/superdotação; Legislação brasileira; conceitos e mitos; o desenvolvimento da inteligência (uma abordagem da neurociências);  o Atendimento Educacional Especializado; propostas de atividades de enriquecimento e suplementação e o uso das Tecnologias de Informações e Comunicação no trabalho com os alunos com ah/sd.

Todas as vagas disponibilizadas já foram preenchidas desde a manhã da última sexta-feira.  

A equipe do NAAH/S-RN aproveita a oportunidade para agradecer a todos que se inscreveram e informa aos profissionais da educação que não conseguiram fazer as suas inscrições que, devido a grande procura, o Núcleo se organizará para oferecer o curso novamente no próximo semestre.

CONTRIBUIÇÃO TÉORICA PARA AVALIAÇÃO DE ALUNOS COM AH/SD - OS TRÊS ANEIS DE RENZULLI

Joseph Renzulli, psicólogo americano (nascido em 07 de julho de 1936), desenvolveu o modelo de três anéis da superdotação e "a Escola Modelo de Enriquecimento" para o desenvolvimento de talentos das crianças nas escolas. Renzulli é conhecido por suas contribuições para a compreensão  ampliada de superdotação. 

A teoria dos três anéis, desenvolvida por Renzulli, indica que para as pessoas serem consideradas com altas habilidades/superdotação faz-se necessário observar nelas três propriedades: Habilidade acima da média, compromisso ou envolvimento com a tarefa e criatividade.

Esta teoria, como o nome sugere, é representada por um gráfico contendo três círculos (os anéis) que interagem entre si em forma de interseção. O significado dessas interseções remete a ideia de que as três características devem, de alguma forma estar presentes e juntas na pessoa com altas habilidades/superdotação.

Todavia, o nível em que tais características se apresentam, não correspondem a uma exigência de um mesmo padrão quantitativo. Isso quer dizer que o sujeito pode em determinada situação ou período apresentar, por exemplo, extraordinária habilidade acima da média, alto nível de criatividade e pouco compromisso com a tarefa.Ou seja, essas características, embora devam estar presentes, são extremamente variáveis e dependem de vários fatores de ordem interna e externa do sujeito observado. 

É relevante considerar que não haverá possibilidade real de avaliação de uma característica, como por exemplo, a criatividade. Se não for oferecido ao sujeito oportunidades de demonstrá-la e até de desenvolvê-la. À exemplo disso, estão as metodologias baseadas na repetição e memorização que ainda existem muito por aí. Nesses casos, o aluno dificilmente é levado a refletir, a criar hipótese a sugerir transformações que possam servir de parâmetros para avaliação do seu potencial criativo.

A escola deve oportunizar a todos os alunos, sem exceção, meios para demonstrarem os seus talentos e desenvolverem os seus potenciais. Não é um rótulo que se busca, mas o direito de cada aluno ser tratado de acordo com as suas características e as suas necessidades próprias para aprender e evoluir de maneira feliz e saudável.

Referência:

"A escolarização das pessoas com Altas Habilidades/Superdotação PH/SD" (PEREZ, Suzana Graciela Perez), p.27 a p.29.

http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Renzulli  (consultado em 14/04/2012. 10:20)