A avaliação de um aluno com altas habilidades/superdotação não se prende
unicamente aos dados sobre o nível do coeficiente de inteligência medidas no
sujeito. Ao contrário, os testes de QI, como são conhecidos, é somente um
instrumento em meio a uma vasta de possibilidades de informações sobre a pessoa
que deve ser coletada com a contribuição, principalmente, do professor e da
família. Renzulli, Guenther e outros pesquisadores concordam que o processo de
avaliação desse aluno deve recorrer a informações coletadas junto a esses
espaços onde ele se desenvolve e onde pode ser observada características
relevantes do seu desenvolvimento.
A consulta à família é uma estratégia que permite ao avaliador coletar
dados sobre o desenvolvimento geral do aluno desde a tenra idade. Assim, pelas
informações dos pais ou familiares é possível conhecer se a criança
desenvolveu-se mais cedo do que o esperado para a sua idade nos aspectos
motores, no aspecto cognitivo, na oralidade e outros. Também é relevante perceber
as impressões dos familiares a respeito de manifestações da criança com relação
à curiosidade, ao vocabulário elevado, ao sua capacidade de interação social,
etc.
O papel do professor na avaliação do aluno com ah/sd é de extrema
importância considerando que a escola é o espaço ideal para observação da
característica “habilidade acima da média” pois nesse local o aluno pode ser
comparado com os seus pares. Além disso, as atividades proporcionadas pelo
professor é também relevante para detectar a “criatividade” do aluno e o
“envolvimento com a tarefa” nas áreas de seu interesse.
" De acordo com Bronfenbrenner, 1999; Chagas, Aspesi & Fleith,
2005, o processo de identificação do aluno com altas habilidades/superdotação
deve envolver uma avaliação abrangente e multidimensional, que englobe variados
instrumentos e diversas fontes de informação". (ARAÚJO et al. 2014).
Considera-se, portanto, que a avaliação da pessoa com altas
habilidades/superdotação é um processo que envolve todos os meios onde esta se
relaciona e interage. Os dados oferecidos pela escola e pela família são
imprescindíveis nesse processo.
Observação:
Texto apresentado como atividade no Curso: Atendimento Educacional
Especializado em Altas Habilidades/Superdotação; Instituição: Universidade
Federal de Uberlândia; Módulo IV- Processo de Identificação e Diagnóstico
Diferencial; Aluno: Ivana Maria de Lucena Siva ;Turma: I; Tutora: Joana Darc.
Referências:
ARAÚJO et al. 2014. Processo
de Identificação do Aluno com Altas Habilidades /Superdotação.